quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Controversiando-me...

(KRAEMER, Fernanda.)
Tanto a dizer
Tão pouco a falar
Fácil contar
Difícil conter
Impossível ignorar

Palavra pequena
Gesto pequeno
Tudo pequeno
Quase um nada

Um nada que passa a ser pequeno
Um pequeno que passa a ser grande
Grande o suficiente pra ser visto

Cada dia
Outro dia
Mais um dia

A rotina?
Essa ao menos é sempre a mesma

Eu?
Você?
Eles?
Jamais serão os mesmos
Nem o próprio rio é
Nada é
Tudo é

Você
Eu
Eles
Nós

Todos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pensamentos insanos...

Ou não...

Eu sei muito bem qual meu problema...

Na verdade, eu cogito três icógnitas.
Não há como não falar sobre elas, não é? Ainda que sutilmente...

1- o passado, que ainda me persegue e tanto me atrai e me afeta.
2- um presente, uhn..., verdadeiro? indescoberto?
3- um possível futuro, uma coisa realmente incerta, um tiro no escuro. porém, almejado.

Todas as situações descritas acima me são deveras interessantes. Porém, qual dos meu infindos pensamentos devo seguir? Como descobrir como seguir? A quem seguir? Quando seguir?

Tantas perguntas... Poucas respostas...

Meu mais profundo desejo, acredito que todos saibam, não só eu. Mas é algo que dificilmente aconteceria, dificilmente eu teria coragem suficiente para fazer algo a respeito (é, sou fraca. novidade!).

Outra possibilidade, é completamente incerta, algo que me atrai já faz um bom tempo, desde os primeiros instantes...

A terceira é a única situação palpável... E, por mais babaca que soe, é algo interessante, não pelo simples fato de ser relativamente palpável.

Enfim, muitos provavelmente saberão do que acabo por dissertar. Outros acharão que estou completamente louca, digna de tratamento psicológico... rs

A quem eu tento enganar? A mim mesma?! Eu sei exatamente o que eu quero pra mim, mas tento negar.

Relutar
Fugir
Ignorar
Refutar
Desiludir.

Sei que não é certo tentar ignorar nossos "problemas". Mas, se eu continuar a fazê-lo, será que eles simplesmente somem? :)

"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."
(LISPECTOR, Clarice.)

“Navegar é preciso... Viver não é preciso”

Encontro-me em um impasse.

“Mais um”, vocês diriam.

Mais um impasse no meu dia a dia, mais uma dúvida, mais uma insegurança, mais um problema. Porém, acredito ser um novo impasse, uma nova dúvida, um novo medo. (um novo alguém?)

Assim como dizia Heráclito, nenhum homem nada duas vezes no mesmo rio. E tenho que admitir, já não sou mais a mesma Fernanda que eu era há poucos meses, muita coisa mudou. Tanto pro mundo (ou o mundo), quanto pro meu mundinho pokemon (ou o próprio mundinho pokemon).

A situação em que me encontro é, no mínimo, engraçada (embora eu não veja graça alguma, rs). Estou quase que no mesmo impasse em que me encontrava há pouco tempo. Porém, estou do outro lado do rio.

Tenho que confessar que estou confusa (uau, novidade!). Mas não é uma confusão ruim, não acredito que seja.

É engraçado como somos capazes de mudar em tão pouco tempo, e mais engraçado ainda como certas pessoas podem acabar tomando tamanha importância pra gente em tão pouco tempo. Curioso...

Se eu fosse descrever sobre meus atuais impasses.. Ah, levaria bastante tempo... Sei que sou do tipo de pessoa que fala pelos cotovelos, cuja vida é um livro aberto (sendo algumas paginas censuradas, né? haha), mas não tenho sido assim.E sinceramente? Não sei dizer o motivo...

Medo? Medo de me entregar? Medo de ser (mais uma vez) tudo em vão? Medo de enxergar determinadas coisas de um modo que não é tão verídico? Medo do quê???????

Poder me entregar eu poderia, e até talvez gostaria... Ando pensando muito, bastante... Estou dividida, cheia de dúvidas, inseguranças...

Acho que, independente da situação em que eu me encontre, sempre estarei assim.

Preciso aprender a me controlar, a separar meus sentimentos, a decidir o que realmente quero, a não ser tão insegura, a me valorizar mais... Preciso...

É, preciso... Uma precisão, uma necessidade... imprecisos...

“Navegar é preciso... Viver não é preciso”

Exatamente assim.

Nem mais, nem menos...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Confusões de uma mente estranha

(KRAEMER, Fernanda.)

É sempre curioso o modo pelo qual as coisas acontecem em nossas vidas. As pessoas sempre acabam dando uma valorização superior ou inferior a determinadas coisas do que deviam, as pessoas nunca conseguem seguir no patamar correto.

Eu, particularmente sempre valorizo demais ou de menos as coisas... Empecilhos que me impedem de continuar, pedras em meu caminho que me prendem no chão. Muita sombra é igual muita luz, não deixa ver. E é mais ou menos por aí... Não enxergo...

Não enxergo meu caminho, não enxergo em qual direção devo seguir e, por vezes, acabo dando alguns passos para trás. Tento procurar
o caminho, tateando pelas paredes, tento encontrar alguém pra me guiar pelo caminho, mas cadê? Não há ninguém. Estou sozinha, estamos sozinhos.

Como é possível que possamos nos sentir sozinhos em meio à superpopulação do planeta? É curioso sentirmos-nos assim, mas não é algo que possamos escolher.

Até que, talvez, seja possível, mas manipular emoções (principalmente nossas próprias emoções) é deveras árduo.

É engraçado eu me sentir como me sinto, tão confusa, tão indiferente, tão perplexa, tão sozinha, tão apática, tão melancólica... Acho que todos que conheço podem depor sobre como sou sempre animada, agitada, falante, espevitada, compreensiva, serelepe, engraçadinha, meiga, curiosa, sincera, fofa, empolgada. Porém, nas últimas semanas não tem sido bem assim. Tenho estado bastante diferente do meu ‘comum’, num estado bem mais observador. Muito mais anormal dentro da minha estranha anormalidade. Muito mais inconstante, apática, insegura, rancorosa, desconfiada e machucável do que o comum.

E isso se deve a vários fatores, guiados a um estopim que me deixa como tenho estado... Não sei se gosto de estar assim, mas há momentos em que sinto o peso do mundo sobre mim.Machuca-me tanto, que chega a doer.

Eu... Sinceramente?

Não sei...

Não sei o que é que me dá...

Eu... Precisava... De alguém? De um ombro amigo?

De... É, talvez. Talvez...

Ou não... Eu sei bem o que gostaria, por mais que não seja certo...

É...


Enfim... Preciso colocar minha cabeça no lugar, pois é certeza de que ela não anda funcionando muito bem nos últimos tempos.

Por mais que eu transpareça sempre como acima descrito, nem sempre me encontro assim. Sabe, nem todos entendem como penso (muitas vezes nem eu, confesso), costumo tentar mostrar-me feliz o tempo todo, não é interessante contagiá-los com minha apatia e meu pessimismo... rs

Gostaria de poder desabafar tudo o que venho sentindo sem medo das críticas, queria só poder dizer tudo o que eu sinto...