quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Confusões de uma mente estranha

(KRAEMER, Fernanda.)

É sempre curioso o modo pelo qual as coisas acontecem em nossas vidas. As pessoas sempre acabam dando uma valorização superior ou inferior a determinadas coisas do que deviam, as pessoas nunca conseguem seguir no patamar correto.

Eu, particularmente sempre valorizo demais ou de menos as coisas... Empecilhos que me impedem de continuar, pedras em meu caminho que me prendem no chão. Muita sombra é igual muita luz, não deixa ver. E é mais ou menos por aí... Não enxergo...

Não enxergo meu caminho, não enxergo em qual direção devo seguir e, por vezes, acabo dando alguns passos para trás. Tento procurar
o caminho, tateando pelas paredes, tento encontrar alguém pra me guiar pelo caminho, mas cadê? Não há ninguém. Estou sozinha, estamos sozinhos.

Como é possível que possamos nos sentir sozinhos em meio à superpopulação do planeta? É curioso sentirmos-nos assim, mas não é algo que possamos escolher.

Até que, talvez, seja possível, mas manipular emoções (principalmente nossas próprias emoções) é deveras árduo.

É engraçado eu me sentir como me sinto, tão confusa, tão indiferente, tão perplexa, tão sozinha, tão apática, tão melancólica... Acho que todos que conheço podem depor sobre como sou sempre animada, agitada, falante, espevitada, compreensiva, serelepe, engraçadinha, meiga, curiosa, sincera, fofa, empolgada. Porém, nas últimas semanas não tem sido bem assim. Tenho estado bastante diferente do meu ‘comum’, num estado bem mais observador. Muito mais anormal dentro da minha estranha anormalidade. Muito mais inconstante, apática, insegura, rancorosa, desconfiada e machucável do que o comum.

E isso se deve a vários fatores, guiados a um estopim que me deixa como tenho estado... Não sei se gosto de estar assim, mas há momentos em que sinto o peso do mundo sobre mim.Machuca-me tanto, que chega a doer.

Eu... Sinceramente?

Não sei...

Não sei o que é que me dá...

Eu... Precisava... De alguém? De um ombro amigo?

De... É, talvez. Talvez...

Ou não... Eu sei bem o que gostaria, por mais que não seja certo...

É...


Enfim... Preciso colocar minha cabeça no lugar, pois é certeza de que ela não anda funcionando muito bem nos últimos tempos.

Por mais que eu transpareça sempre como acima descrito, nem sempre me encontro assim. Sabe, nem todos entendem como penso (muitas vezes nem eu, confesso), costumo tentar mostrar-me feliz o tempo todo, não é interessante contagiá-los com minha apatia e meu pessimismo... rs

Gostaria de poder desabafar tudo o que venho sentindo sem medo das críticas, queria só poder dizer tudo o que eu sinto...

3 comentários:

  1. Vou citar Raul Seixas no comentario:

    Não sei onde eu to indo
    Mas sei que eu to no meu caminho
    Enquanto você me critica, eu to no meu caminho
    Eu sou o que sou, porque eu vivo a minha maneira
    Só sei que eu sinto que foi sempre assim minha vida inteira
    Eu sei..

    ;)

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