quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Um pouco de Charlie Brown...

Ouça: Detonautas - Você me faz tão bem

Eu gosto muito das tirinhas e do desenho do Charlie Brown. Fiquei vendo no YouTube outro dia, e lembrei de muitas coisas. Por isso resolvi escrever esse texto.

De todas as criações de Charles M. Schulz, nenhuma me foi tão marcante quanto a garotinha ruiva, maior símbolo de todos os amores platônicos e nunca concretizados.

Pobre Charlie Brown. Todos nós sentimos compaixão por ele, porque ele simboliza todas as nossas frustrações, inseguranças e fracassos na vida. O que dizer de alguém que não recebeu um cartão sequer no Dia dos Namorados, jamais conseguiu fazer voar uma pipa porque todas enganchavam em alguma árvore, nunca ganhou um jogo de beisebol e, principalmente, jamais teve coragem de confessar seu amor para a garotinha ruiva?

Em uma das tirinhas, Charlie Brown pergunta: "mas o amor não existe para fazer a gente feliz?" Nem sempre. Que o digam as angústias caladas, os sentimentos represados,secretos, e as inseguranças que atormentam uma pessoa apaixonada. Aliás, todos personagens de Schulz sofrem com amores não-correspondidos. Sally ama Linus que ama sua professora; Lucy ama Schroeder que ama Beethoven; Patty Pimentinha ama Charlie Brown que ama a garotinha ruiva.

Acho que todos nós já tivemos um momento Charlie Brown em algum instante de nossas vidas. Todos nós temos (ou tivemos) a nossa "garotinha ruiva". Alguém que amou só pedindo em troca o prazer da existência do outro. Aquela pessoa que parece completar perfeitamente o vazio que existe dentro de nós.

Fiquei pensando. Nós também podemos ser o “garotinho ruivo” da pessoa, mas não percebemos, ou não acreditamos. É difícil descobrir o quanto de sentimento existe escondido em uma investida, numa amizade ou em um olhar constante.

Quem sabe um dia, Charile possa ser feliz com sua garotinha ruiva...

(texto de Thiago Martinelli)

Deixa eu ser sua garotinha ruiva? .-.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

What if I said that I...?

Eu nunca sei a hora certa de falar determinadas coisas. Dificilmente
consigo saber como dizer, mas devo admitir que domino a arte de não saber ao certo quando dizer alguma coisa. Por vezes, posso estar rompendo barreiras que não devia, ou posso assustar, ou posso... Enfim, as opções são várias, mas o certo é que eu dificilmente acerto na hora da escolha (Há!). Eu tenho a mania de pensar um pouco sobre muito, mil coisas ao mesmo tempo, mil ideias e mil interrogações.

Se tem uma coisa que eu aprendi nas últimas semanas, é o valor da palavra. Um comprometimento, uma palavra de carinho, um sermão, cada um tem seu devido valor. Sempre ouvi e sempre acreditei que, como dizia FHC, “Palavras são palavras, nada mais do que palavras”, mas isso provou-se incorreto, dependendo do contexto.

Outra coisa que aprendi foi que, para poder amar alguém, é preciso amar a si mesmo. Ainda que eu não seja totalmente eficiente ao me amar (é, não sou a melhor das minhas amantes, damn it!), tenho tentado cada dia mais. Nas inúmeras tentativas de me amar, passo a lembrar de alguém... Sim, você!

Afinal... Aonde vão todas as coisas que pensamos e queremos, mas não dizemos? Como saber se é certo dizer que sinto a sua falta? Como saber se você ainda pensa em mim como eu penso em você? Como vou saber o jeito certo de perguntar como você está? Como dizer que sinto falta de todo o tempo que passamos juntos?

Se alguém me perguntasse, diria que sinto falta de você, do seu cheiro, do seu jeito de me olhar, da sua risada, das suas sardinhas pelo corpo, do seu jeito moleque, do seu jeito quando fica bravo, de como você fica lindo quando está envergonhado, das risadas ao brincar no trânsito, das nossas estripulias, das nossas piadas, do seu afago, do seu corpo sobre o meu, das mordidas, dos beijos, do sexo, dos abraços, do nosso amor.

Não se passa um dia sem que eu pense na vontade que eu tenho de estar com você.

De te encher de beijos e todos aqueles paparicos. Às vezes me pergunto em que parte do caminho eu te perdi, não te encontrando nem com ctrl+f. Eu disse muitas coisas que não deveria e acredito que deixei de dizer muitas coisas que deveria tê-lo feito. Não importa o quanto eu escreva, a conclusão é sempre a mesma: sua falta, quando sobra, dói.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Blink twice if you'll miss me~

Alguns trechos que me marcaram e que me fazem refletir de alguma (ou várias) forma(s). Possíveis múltiplas interpretações não são coincidência.

Ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=8mkp-Of8sZQ e http://www.youtube.com/watch?v=Yyq35717jfU

Talvez o mundo
Não seja pequeno
Nem seja a vida
Um fato consumado


Quero inventar
O meu próprio pecado
Quero morrer
Do meu próprio veneno

Quero perder de vez
Tua cabeça
Minha cabeça
Perder teu juízo.

(adaptado de: BUARQUE, Chico. Cálice)

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Se ninguém olha quando você passa
Você logo acha
Que a vida voltou ao normal
Aquela vida sem sentido, volta sem perigo
É a mesma vida sempre igual

Se ninguém olha quando você passa
Você logo diz 'Palhaço'
Você acha que não tá legal

Corre todos os perigo, perde os sentidos
Você passa mal
(CAZUZA. Vida louca vida)

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'"Adeus", disse a raposa. "E agora eu vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas você não deve esquecê-la. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.'
(de: SAINT-EXUPÉR, Antoine de. O Pequeno Príncipe)

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But I hear voices
And I see colors
But I wish I felt nothing
Then it might be easy for me
Like it is for you

I know someday you'll have a beautiful life, I know you'll be a star
In somebody else's sky, but why, why, why
Can't it be, can't it be mine

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Sou ruiva, sou louca, sou apaixonada e apaixonante. Sou difícil de lidar e mais ainda de acreditar. Sou alguém que não se conhece metade do que deveria conhecer, mas que ainda assim tem medo da própria companhia. Alguém que tem medos (muitos, diga-se de passagem). Sou menina, garota, mulher. Sou Fernanda.