Tem alguns dias em que estou querendo colocar alguns dos poemas de Manuel Bandeira que tanto gosto... Porém, não achava que seria interessante simplesmente jogá-los no blog, sem nenhum contexto aparente (ou pelo menos para os leitores, visto que pra mim há sempre pelo menos um).
Já faz algum tempo desde a última vez que postei algo com minhas próprias palavras e, muito provavelmente, quase ninguém entendeu. Não era pra ser entendido, eu acho... Acredito que tenha sido um post pra mim mesma. Enfim, nevermind...
Minha vida anda super agitada, cursinho, faculdade... Tenho dormido cerca de 5-6 horas por noite, o que tem me deixado exausta, embora eu esteja acordando com mil vezes mais sono do que quando deito pra dormir. Essa insônia maldita que tanto me persegue... Eu preciso aprender a desligar minha mente quando deito, parar de fazer planos, questionamentos, tentar resolver minha vida antes de dormir... sduihsaiudhasud Mas, pelo menos, acabei por aprender a controlar minha respiração...
Há cerca de umas 3 semanas, eu iria acordar cedo pra ir à rodoviária. Porém, não conseguia dormir por nada! Foi então que descobri a agitação em minha respiração, e fui tentando acalmá-la... Até que pensei “olha, tô quase dormindo!”. Eu sei o quão bizarro isso soa, mas achei isso legal...
Bem, até então só falei sobre o dia a dia, nada de sentimentos, o que acaba por ser a temática principal do blog...
Meus sentimentos? Ah cara... Já faz um tempinho que não tenho falado muito sobre isso (ou pelo menos não da forma que queria) que me dá até medo de pensar sobre o que se passa com meu coração... he he E isso pode ser aplicado a vários aspectos... Bem, não acredito que seja assunto pro momento, não é? Ou pelo menos não pra um blog...
‘Re-voltei’ (Sim, isso mesmo! Eu vivo voltando e parando) com exercícios físicos. Hoje me deu a louca e voltei do cursinho a pé... rs Fora chá verde, que tenho tomado algo em torno de 2 litros por dia.
Porquinho-da-Índia
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-Índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra a sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não se importava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
- O meu porquinho-da-Índia foi a minha primeira namorada.
(BANDEIRA, Manuel.)
O poema acima é um dos primeiros que li de Manuel Bandeira. E talvez possa até dizer que seja um dos meus preferidos. Pobre Bandeira, por ser sempre rejeitado pelo porquinho? Ou pobre do porquinho por ter que agüentar um pretendente como Bandeira? rs
Assim como dizia Benveniste (que é possível que o Enunciador troque de lugar com o Enunciatário, invertendo o eu e o tu, mas conservando o ele), há os momentos em que me posiciono como o eu sendo o eu-lírico, e momentos em que me posiciono como o eu sendo o porquinho-da-Índia...
Resumindo de uma forma geral, tenho andado como uma avalanche de sentimentos. Horas estou feliz, horas mais down. Horas empolgada, horas desesperançosa. Horas ansiosa, horas mais ansiosa ainda. Mas, de uns dias pra cá, tenho estado mais disposta. Talvez as coisas estejam começando a entrar nos eixos. Talvez nem todas. Mas, talvez, algumas.
Enfim...
Eu sei que hoje ainda é quarta-feira, mas já estou ansiosa pelo fim de semana. Ainda falta muito? .____.